Todos os fins de tarde (às vezes noites), quando dou por findo o dia de trabalho, passo alguns minutos a arrumar, primeiro a secretária onde trabalho, e depois o espaço que está à volta. São papéis que vão para reciclar, outros para arquivar, lápis e canetas que têm que ser colocados nos respectivos "copos" e um brinquedo ou outro que as miúdas deixaram fora do sítio e eu não me lembrei de as mandar arrumar antes de se irem deitar (incutir hábitos de arrumação às crianças é um processo em curso...).
Sei que o dia de trabalho, na manhã seguinte, vai começar muito melhor, se me sentar num espaço arrumado e desafogado, sem coisas fora do sítio que me distraiam a vista e o pensamento. Procuro (outro processo em curso..) que a mesma lógica se aplique a toda a casa. E também fora dela, prefiro os espaços abertos e evito os grandes supermercados e centros comerciais, cheios de coisas, luzes e barulho.
Posto isto, ultimamente tenho refectido bastante sobre a quantidade de coisas que possuo e não contribuem em nada para a minha felicidade, antes pelo contrário - porque ocupam espaço, porque tenho que as limpar, porque tenho que as desviar para limpar o que está por baixo, e porque me preocupo com elas. E porque tudo isto me consome tempo e atenção, que podiam ser dedicados a coisas mais importantes, tais como brincar mais com as minhas filhas, fazer caminhadas no campo com o L., desenhar e ler, para mencionar apenas algumas.
I like to walk about among the beautiful things that adorn the world; but private wealth I should decline, or any sort of personal possessions, because they would take away my liberty. (George Santayana)
"It is preoccupation with possessions, more than anything else, that prevents us from living freely and nobly." (Bertrand Russel)
“If one's life is simple, contentment has to come. Simplicity is extremely important for happiness. Having few desires, feeling satisfied with what you have, is very vital: satisfaction with just enough food, clothing, and shelter to protect yourself from the elements.” (Dalai Lama)
Parece-me que tenho coisas a mais. Tenho a certeza que produzo mais lixo do que deveria. Estou decidida a simplificar. Algumas coisas que me têm inspirado ultimamente, são este vídeo, sobre uma famíla que conseguiu reduzir a quantidade de lixo que produz a uns níveis que quase me parecem inacreditáveis.
I know that the next morning, I'll start my day of work much better if I find a clean and clear workspace withouth things here and there, distracting my sight and mind. I try (another work in progress...) that the same rule applies to the whole house. And also outdoors, I prefer oen spaces (preferably green) and I avoid big supermarkets and malls, always full of things, artificial lights and noise.
"Do not lay up for yourselves treasures on earth, where moth and rust destroy and where thieves break in and stea. For where your treasure is, there your heart will be also." or "So why do you worry about clothing? Consider the lilies of the field, how they grow: they neither toil nor spin; and yet I say to you that even Solomon in all his glory was not arrayed like one of these." (Jesus Christ)
I like to walk about among the beautiful things that adorn the world; but private wealth I should decline, or any sort of personal possessions, because they would take away my liberty. (George Santayana)
"It is preoccupation with possessions, more than anything else, that prevents us from living freely and nobly." (Bertrand Russel)
“If one's life is simple, contentment has to come. Simplicity is extremely important for happiness. Having few desires, feeling satisfied with what you have, is very vital: satisfaction with just enough food, clothing, and shelter to protect yourself from the elements.” (Dalai Lama)
I think I have too many things. I am sure I produce more litter than I could. I've decided to simplify. Some of the things that have inspired me lately are this video, from a family that managed to reduce the garbage they produce to unbelievably small amounts.
And this site about minimalism as a way of improving our lives and the lives of those around us:
Ana, minha amiga,
ReplyDeleteantes de mais, quero elogiar a tua foto do perfil. Estás tão gira com esse ar safari, mochila às costas e etc e tal :)
Quanto ao minimalismo, já fui mais como a familia do video, do que sou agora. Tenho épocas em que consumo sem-pacote e outras épocas que me rendo às embalagens.
Os locais que vendem a granel não são muitos e ficam a alguma distância da minha casa. Costumo ir à Biocoop (a 12km daqui, 25 km ida e volta) onde é possivel comprar o arroz, as massas, os cereais, frutos secos, tudo como está aí no video, a granel em saquinhos nossos ou de papel/plástico. Os corn-flackes de milho biológico compro-os dessa forma, ao kilo.
A farinha semi-integral biológica para fazer o pão compro em sacas de 15 kilos. A fruta e os vegetais biológicos recebo em casa, 1 x semana, sem embalagem individual, numa cesta de vime reutilizável. Os ovos compro à unidade e levo as caixas de papelão antigas para reutilizar.
Agora, o minimalismo não está só na alimentação. Também optei por comprar pouco vestuário e calçado, não tenho cortinados, nem tapetes, nem miscelanea decorativa.
E ultimamente nem tenho comprado livros. Empresto e peço emprestado(a minha fornecedora-mor é a Isabel Matos).
Partilho contigo desse sentimento de me libertar das posses materiais. Acho que o consumismo, escraviza-nos, para além da questão da poluição.
Adorei o teu post.
Gostei imenso do video. Obrigada.
Beijinhos.
Rute
Olá Rute, obrigada pela visita.É verdade que é muito difícil escapar às embalagens, mas tu, ainda assim, consegues reduzir imenso!
ReplyDeleteEu aqui, não tenho BioCoop nem nenhum sítio onde possa comprar ao peso, excepto a feira (3 vezes ao mês) onde encontro coisas como frutos secos, feijão, grão, etc. e alguns frutos (poucos) e legumes biológicos que me trazem a casa (mas só durante parte do ano, que aqui a geada não perdoa...) A farinha, comecei há pouco tempo a comprar na moagem, em sacos de 5 ou 20 kg. e o azeite compro todos os anos a umas pessoas conhecidas, em garrafões reutilizáveis. Mas os cereais de pequeno almoço (que não consumimos muito, mas pronto), o arroz, o óleo, etc. não há como lhe dar a volta. Ainda assim, acho que é possível melhorar bastante e parece-me que a questão-chave é mesmo tornar as coisas num hábito - a partir do momento em que se tornam automatizadas, tudo se torna mais fácil.
Agora a redução da tralha, isso é um processo para durar uns meses...
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ReplyDeleteAdorei esta partilha especialmente o vídeo:)
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