Showing posts with label nature conservation/environment. Show all posts
Showing posts with label nature conservation/environment. Show all posts

Friday, March 21, 2014

Top 10 Greeting Card Experts Online, 2014: Green Initiatives

http://www.greetingcarduniverse.com/community/store.asp?store_id=392&gcu=41346466001&mid=cwu

Acredito que quando se decide aceitar, ou não, um novo trabalho, vários pontos devem ser tidos em conta. Para além da questão evidente do dinheiro - afinal, quer gostemos quer não, todos temos contas para pagar - há a considerar o investimento de tempo que nos exige, o desenvolvimento profissional e a satisfação pessoal que nos proporciona e, intimamente ligada a esta última, os princípios éticos que o regem. Por isso, antes de tomar uma decisão acerca de um potencial novo trabalho, faço-me sempre muitas perguntas: vou aprender coisas novas, melhorar o meu currículo, fazer contactos úteis? Vou chegar ao final do dia com a sensação de ter feito algo que valeu a pena? Está este trabalho e a pessoa/empresa para quem o farei, de acordo com os meus valores e princípios éticos? Já recusei trabalhos por não preencherem esta última condição, recusei outros que preenchiam todas, excepto o facto de me obrigarem a passar demasiado tempo longe da família. E aprendi que é melhor viver com menos dinheiro, mas mais satisfação pessoal, tempo para aqueles de quem gostamos e uma consciência tranquila. Foi por isso que hoje, ao ler esta notícia, fiquei muito satisfeita por confirmar que uma das empresas para quem trabalho, embora me proporcione rendimentos diminutos, se encontra entre as mais amigas do ambiente, dentro do seu ramo de actividade.
Parabéns, GCU!

*
I believe that when deciding about accepting or not a new job, several things should be weighted. Apart from the obvious income side of the question - we all have our bills to pay, whether we like to or not - there other things to ponder: time investment, professional growth (will I learn new skills, improve my CV, make useful contacts?), personal satisfaction (will I arrive to the end of the day with the feeling of having made something worthwhile?) and, closely linked to this, integrity: is the work I am doing and the people/company I am doing it for in accordance with my values and ethics? I have turned down jobs in the past because they did not fulfill this last condition. And I have turned down others that fulfilled all of them but would take away too much time from my family. And I have learned it is better to live with less income but more personal satisfaction, time for the ones you love and a clear conscience. All this to say that today I was very happy to read this news, confirming that I am working for one of the top eco-friendly businesses in their field, even though the income I earn from it is really minor:

Congratulations, GCU!

Tuesday, February 18, 2014

Um livro e um esfregão da louça / A book and a dish scrub



Acabei há uns dias de ler o livro Zéro Déchet, a  tradução francesa do livro de Bea Johnson Zero Waste Home: The Ultimate Guide to Simplifying Your Life by Reducing Your Waste.

Foi no blog da autora - Zero Waste Home - que fiquei a conhecer o livro e que me dei conta de algo que já suspeitava: que afinal, não era assim tão "verde" como isso... Esta históia fez-me repensar seriamente a quantidade de lixo gerado pela minha família e o impacto ambiental por nós causado diariamente.  Como resultado destas leituras, já implementei algumas mudanças nos nossos hábitos, mas ainda pretendo fazer mais. Estamos ainda (muito) longe de produzir zero resíduos (ou cerca de um litro por ano, como a família da autora), mas acredito que quiasquer pequenos passos na direcção correcta valem a pena, pois ir-se-ão acumulando ao longo do tempo. E o que não falta neste livro são dicas, ideias e receitas para o conseguir. Algumas não são possíveis para mim, outras não fazem sentido no meu caso particular e outras, ainda, são talvez demasiadamente radicais, mas irei sem dúvida experimentar várias.

Aqui estão duas actualmente postas em prática:
- Se bem que há muitos anos que levava os meus próprios sacos de plástico quando ia ao supermercado, passei também a levar sacos para a fruta e legumes, e caixas de vidro com tampa para as compras no talho. Também recuso os sacos nas outras lojas (de roupa, farmácia, livraria, etc.) excepto em casos muito especiais (tenho que melhorar isto)
-Acabei com os esfregões da louça sintéticos, de que nunca gostei. Agora uso um de metal, para as coisas difíceis, e fiz um de lã, pondo a uso os meus dotes de crochet que uso tão raramente. São mais saudáveis, biodegradáveis e baratos.

Estas estão na minha lista de ideias a tentar proximamente:
- Rimel caseiro
- Creme caseiro
- Cola caseira

Uma das principais lições que retirei deste livro foi que para além dos três "R" (Reduzir, Reutilizar, Reciclar), há um outro, talvez o mais importante, e que deve vir primeiro que os restantes: Recusar. Porque produzir menos lixo resume-se muitas vezes a recusar a sua entrada nas nossas casas. Mas a sobre-utilização, sobretudo do plástico, mas também do papel, está tão banalizada, que algo tão simples como recusar este excesso acaba por se tornar difícil, a menos que façamos um constante esforço para estarmos conscientes daquilo que aceitamos e trazemos para casa.



I've just finish reading Zéro Déchet, the French translation of Bea Johnson's book Zero Waste Home: The Ultimate Guide to Simplifying Your Life by Reducing Your Waste.

I first heard about this book while reading the author's blog  Zero Waste Home which was my first wake up call to realise I was no as "green" as I used to think... Bea's story made me rethink the amount of waste that my household produces and the kind of environmental impact I make, every day. I already made a few changes in my life as a result of this read, and I still want to implement more changes. We are (very) far from producing zero waste (or a one liter size jar of garbage per year, as her family does), but I firmly believe that any small steps in the right direction will add up in the long run and are therefore worth a try and Bea's book is full of tips, ideas, and recipes. I will not adopt all of them - some are not possible for me, others do not make sense in my particular case and still others I find too extreme - but I will definitely try several of them. 

These are two already ongoing ones:
- I am bringing my own containers when purchasing some kinds of food to avoid bringing more plastic bags into my home. I already used reusable bags for supermarket shopping, but now I'm also bringing my own bags for fruit and legumes and glass containers for meat. And I also refuse bags when shopping for clothes, books, or other items except for very special situations (I still have to improve this, anyway)
- I decided to ban synthetic dish scrubs (I never actually liked them) and I made my own using my seldom used crochet skills. They are healthier, cheaper, and made of natural biodegradable wool.

And these are on my list to try:
- Home made mascara
- Home made balm
- Home made glue

One of the main lessons I took from this book is that in addition to the 3 "R" (Reduce, reuse and Recycle), there is another "R", probably the most important of all and which should come first: Refuse. This is because producing less waste often resumes to prevent it from entering our homes. The problem is that the over-use of plastic (mainly) is so common nowadays that one must be constantly alert to avoid it from surreptitiously entering our lives.

Friday, July 19, 2013

Floresta de Soignes (Bruxelas) / Sonian Forest (Brussels)

No dia seguinte à ida a Neerijse, houve tempo para uma segunda e última excursão - vantagens dos longos dias de Verão, que permitem terminar uma reunião às 18h00 e ainda ter tempo para um passeio! Desta feita, fomos até à Floresta de Soignes, uma floresta de cerca de 4.000 ha localizada a sul da cidade de Bruxelas. A floresta tem uma longa e interessante história, sendo uma relíquia da floresta das Ardenas (a mesma onde o Asterix e Obelix caçavam os seus javalis e dizimavam patrulhas romanas, lembram-se?) que ao longo da história foi sendo sucessivamente reduzida e transformada. Uma das razões porque sobreviveu até hoje foi o facto de se ter tornado uma zona de caça real, ao jeito da nossa  Tapada de Mafra. Mas a escala e a paisagem são totalmente diferentes, claro. Demos um belo passeio guiado por Dirk Raes, um dos florestais responsáveis e ficou bem claro que ele não só conhece bem aquela floresta, como adora o seu trabalho.

O meu desenho não faz justiça às impressionantes faias com mais de cem anos de idade, pois devia ter desenhado os meus colegas com metade do tamanho para manter a escala correcta: as árvores têm em média 40-50 m de altura! Completamente diferentes em tamanho e forma das que estou habituada a ver no norte de Espanha. Na verdade, fazem lembrar as sequoias gigantes e acho que não me surpreenderia se de repente aparecesse uma daquelas motas voadoras do Star Wars a acelerar por entre os troncos... Mas por muito impressionantes que sejam, estas faias foram plantadas.

O que gostei verdadeiramente de ver foi a forma como uma parte da floresta está a ser gerida de forma mais natural, deixando-a evoluir tirando partido da regeneração natural dos carvalhos e bétulas que, esses sim, se pensa serem os descendentes da floresta original. E também gostei de ver a maneira como os habitantes locais usufruem da sua floresta. Era o fim de um dia de semana, e ainda assim, vimos famílias com crianças, ciclistas, pessoas a passear a cavalo e outras a passear os seus cães, se bem que tendessem mais para se manterem nas zonas limítrofes e não se aventurarem muito no coração mais "selvagem" da floresta...

Se forem a Bruxelas e tiverem duas ou três horas livres, a Floresta de Soignes merece uma visita. Pode-se apanhar o autocarro 95 no centro da cidade e em cerca de 20 minutos chega-se lá. Tenho quase a certeza que não se
arrependerão.

* * *
 
The day after our visit to the Neerijse, there was still time for another excursion - one of the advantages of the long Summer days is that you can finish a meeting at 18h and still manage a walk in the woods!

So we went to the Sonian forest, a large forest surrounded by the Brussels communities with a rich history. In the Middle Ages the forest extended over the southern part of Brabant up to the walls of Brussels and it was part of the Forest of Ardennes (if you were an Asterix fan, this is where he and his pal Obelix went to hunt wildboar and Roman patrols). Along the centuries, the forest has shrunk and transformed and one of the reasons it survived until this day is because at some point, it became a royal hunting place. A sort of Belgian Tapada de Mafra, but on a different scale and with different tree species, of course. We had a wonderful walk guided by Dirk Raes, one of the foresters in charge. It was clear he not only knows his forest, but he loves it as well.

My sketch doesn't really make justice to the impressive hundred-year-old beech trees. I should have drawn my colleagues about half the size I did in order to get the scale right: these trees are 40-50 m high on average, completely different in size and shape from the Iberian beech trees I'm used to see. They reminded me of giant sequoias and I guess I wouldn't be surprised if I saw a Star Wars flying speeder bike racing through them... But centenary and striking as they are, these beech trees were planted.

What I really liked to see is the way a part of the forest is being managed in a more natural way, leaving nature to its course and natural regeneration of oaks and hornbeam happening everywhere. I also liked to see how local people enjoy their forest. It was a regular evening on a work day and we saw families with children, cyclists, horse riders and people walking their dogs, though they tended to stay in the outer areas and not venture too much into the "wilder" heart of the forest...

If you go to Brussels and have a couple of hours to spare, the Sonian Forest is surely worth a visit. You can take bus 95 from the centre of the city and in just 20 minutes, you'll get there, which is exactly what we did. I dare say you will not regret it.

Sunday, June 23, 2013

Pescar, desenhar e observar aves no rio Sabor / Fishing, sketching and birdwatching at river Sabor

Sempre que passo um dia no rio Sabor, fico maravilhada com a paisagem, a natureza e o sossego. E penso na sorte que tenho em viver a dois passos de um sítio como este, especialmente quando o comparo com a maioria dos rios europeus, por norma tão artificializados. Infelizmente, o Sabor não será excepção por muito tempo, uma vez que uma grande barragem se encontra já em construção. Sendo a obra mais para juzante, este sítio irá permanecer inalterado, fraca consolação, mas ainda assim...

Houve tempo para fazer um piquenique, desenhar, nadar, pescar e até vimos uma magnífica águia-real (Aquila chrysaetus) a ser perseguida por um peneireiro. A fotografia não está famosa, mas se clicarem nela, ficará maior e será possível observar as manchas brancas que permitem saber que se trata de um juvenil e não de um adulto.

O desenho foi feito com caneta preta à prova de água e aguarelas, e mostra as minhas filhas - uma delas a desenhar e escrever no seu recém-estreado diário de férias (uma ideia de que falei aqui e de que ambas gostaram) e a outra tenta apanhar peixes com o camaroeiro. Havia muito mais para desenhar, mas às vezes apetece mais estar do que fazer. Sabem a que me refiro?

Each time I spend a day at river Sabor I marvel at the scenery, the wildlife and the peace. And I think how lucky I am to live close to a place like this, by comparison with the standard European rivers, most of them heavily modified. Unfortunately, Sabor won't be an exception for long (a big dam is under construction downstream), but at least this spot will remain untouched.


We had time for a picnic, sketching, swimming, fishing and we even watched a magnificent young Golden Eagle (Aquila chrysaetus) being beaten by a kite! The picture is not amazing, but if you click it to enlarge, you can see the white spots in the plumage that show the bird is a juvenile.

The sketch was made with watecolours and water-proof black ink pen (Uni-ball Eye UB157 Rollerball Pen) and shows my kids - one of them is drawing and writing on her new summer diary (an idea I was thinking about here and they both happened to like) and the other one is trying to catch some fish. There was so much more to sketch. But sometimes, you just feel like being, instead of doing. Do you know what I mean?

Friday, January 6, 2012

Cabo Verde / Cape Verde

Em Outubro recebi uma oferta de trabalho inesperada, que me obrigaria a viajar para Cabo Verde durante uma semana, no final do mês seguinte. Hesitei bastante, por um lado, porque não gosto de estar tanto tempo longe da minha família, e, por outro, por ter que viajar a tão curto prazo. Mas, finalmente, acabei por aceitar. E apesar de o trabalho ter sido um pouco stressante, com prazos quase impossíveis de cumprir e ameaças de greve da companhia aérea pelo meio, no final, lá consegui relaxar o suficiente para fazer uns rabiscos no caderno. Foram só três, e um ficou por terminar, mas foi o que bastou para me deixar contente.

Cabo Verde é um país maravilhoso, com um imenso e valioso património natural. Esperemos que o desenvolvimento turístico em curso não o deite a perder, tal como tem acontecido noutras regiões do planeta - a bacia Mediterrânica e a costa Sul do Algarve são apenas dois exemplos. Cada um de nós pode ajudar a evitar que isto aconteça, através de uma escolha criteriosa do tipo de alojamento nas nossas viagens. Ao preferirmos um turismo sustentável, por oposição ao turismo baseado nos resorts do tipo "tudo incluído", estaremos a contrariar a tendência destes últimos - normalmente pertença de grupos económicos estrangeiros - em manter todo o lucro no seu interior, ao invés de o partilhar com a comunidade local. Se quiserem saber mais sobre o turismo sustentável, então leiam o último capítulo desta reportagem da Ana Pedrosa e do António Sá, precisamente sobre uma das ilhas de Cabo Verde que se encontram neste momento na mira do turismo de massas, a ilha da Boavista.


* * *
Last October I was offered an unexpected job that needed me to travel to Cape Verde for a week by the end of the following month. I pondered a lot because I don't like to be away from my family for so long and also because I had to go within such a short notice. But I finally accepted and although the work was a bit stressful because of tight deadlines and fligh company strike threats, among other things, in the end I managed to enjoy enough to make a few doodles in my sketchbook. Only three, and one was left unfinished, but they made me happy enough!


Cape Verde is a wonderful country, with an immense and valuable natural heritage. Let's hope the tourism development in course does not lead to its loss, as it happened in other places (namely the Mediterranean basin and the south coast of Portugal). Each one of us can help, by carefully selecting sustainable tourism offers instead of the "all-included-style" resort offers - usually belonging to foreign economic groups - that usually keep all the profit inside them instead of sharing it with the local communities.

Friday, October 12, 2007

Landscape spoilers


É a primeira vez que vou escrever um post deste tipo, mas tenho mesmo que o fazer, por isso, espero que me desculpem. A questão tem relação com a imagem aqui em cima, que representa uma vista da serra de Montesinho, parte de um Parque Natural e também de uma rede de áreas naturais de importância a nível europeu, a Rede Natura 2000. É aqui que vive a mais importante das últimas populações de lobo ibérico, aves de rapina e uma lista quase infindável de fauna selvagem, assim como espécies raras, muitas delas endémicas, da nossa flora.

Há muitos anos que venho até aqui, para um passeio, para mostrar a amigos que vêm de fora, ou simplesmente para um piquenique com a família, como foi o caso neste Verão, quando fiz este desenho. Infelizmente, a serra tem vindo a mudar e as perspectivas de futuro são de que vá ficar ainda pior. Tudo começou com algumas ventoinhas, de um parque eólico no lado espanhol, uma área que, ao contrário da nossa, não é protegida (porque em Espanha, tanto quanto sei, não existem parques eólicos dentro de áreas protegidas, o que, aliás, me parece muito bem). Em vez de ter requerido um estudo de impacto ambiental, como seria seu dever, o governo português comportou-se como se nada estivesse a acontecer. E o número de torres foi crescendo.

Durante o nosso piquenique, bem tentámos olhar para o outro lado e - à semelhança do governo - fazer de conta que não era nada e continuar a usufruir o nosso dia no campo. Só que foi impossível. Estávamos perto da fronteira, e mesmo olhando noutra direcção, não conseguíamos escapar ao barulho do parque eólico! Um som constante e desagradável, semelhante ao de uma autoestrada ou tráfego de uma grande cidade, na distância. Simplesmente horrível para quem percorreu uma série de quilómetros em busca de um dia num espaço natural, rodeado pelos sons calmantes da natureza... Connosco levámos uma das nossas cadelas, e ao vê-la entrar em pânico com aquele ruído (que para os ouvidos sensíveis de um canídeo deve ser bem mais perturbador), não pudémos deixar de pensar naquilo porque estarão a passar os pobres lobos...

Mas as notícias verdadeiramente más não são, sequer, estas, e sim o facto de o ministro do Ambiente ter declarado publicamente que vai levantar a interdição de construção de parques eólicos dentro do Parque Natural de Montesinho (PNM) que foi proposta pelos seus técnicos. Proposta esta, suportada por estudos que provam que, para Portugal atingir os níveis desejáveis de produção de energia eólica, não há necessidade de sacrificar qualquer área protegida. Muitos habitantes locais, ncluindo - evidentemente - os operadores turísticos, são contra a instalação de parques eólicos. A grande maioria, no entanto, não faz a menor ideia daquilo que se está a passar. As razões do ministro? As velhas e tristes razões políticas. Não os interditando, os parques eólicos serão possíveis sob certas condições, que não são nem objectivas nem claras, e portanto podem ser usados como moeda de troca para obter apoio político.

A proibição dos parques eólicos faz, por enquanto, parte do regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho, que está neste momento em discussão pública. Eu vou preencher a minha ficha de participação, disponível aqui, na qual vou declarar o meu apoio à manutenção da interdição, não só dos parques eólicos, como de outras grandes infraestruturas "que descaracterizem significativamente a paisagem" (alínea j) do artigo 8º do Regulamento). Convido-vos a todos, desde que nisso acreditem, a fazer o mesmo. O formulário está em português, mas pode ser preenchido noutras línguas, por pessoas de qualquer nacionalidade. Pode ser enviado pelo correio para: Parque Natural de Montesinho, Bairro Rubacar, R. Cónego Albano Falcão, lote 27, 5300-044 Bragança, Portugal. Mas temos que nos despachar, porque a data limite é já o dia 17 de Outubro.

* * *
This is the first time I'm writing this kind of post, but I really have to do it, so I hope you will forgive me. It has to do with the picture above, a view of Montesinho, a beautiful and wild landscape, part of a Natural Park and also a network of natural areas of European importance known as Natura 2000. This is where the most important of the last Iberian wolf populations lives, the home of birds of prey and an array of other incredibly diverse wild fauna as well as rare, often endemic flora.

Living close, I've been going there for many years for a walk, to show it to visiting friends, or just for a picnic with my family, as was the case this summer, when I did this sketch. Unfortunately, things are not how they used to be and the threat is that they will get much worse in the near future. It all started with a few wind towers on the Spanish side of the border, which is not protected (because in Spain, as far as I know and is, in my opinion, very logical, there are no windfarms inside protected areas). Instead of demanding an environmental impact assessment, as was its duty, the Portuguese Government just pretended nothing was happening. So the number of towers just kept growing.

During our picnic, we tried looking the other way and - like the Government - pretend nothing was happening and go on enjoying our day in the wilderness. But it was impossible. We were near the border and even if we looked the other way, we could not escape the sound of it! A constant, buzzing sound, just like that of motorway or city traffic in the distance. Truly horrible, for someone looking for a day in the wild, surrounded by the soothing sounds of nature... We had also taken one of our dogs with us and watching her panicking over the noise (probably much worse for the sensible dog's ears), we couldn't help wondering about what was happening to the poor wolves...

But the really bad news is the Portuguese Minister of the Environment has publicly declared that he wants to change the interdiction of building windfarms inside the Park, that has been proposed by his technicians. This proposal is supported by a series of studies that have proved that for Portugal to reach a desirable level of green energy production through windfarms, there is no need to sacrifice any protected area. Many people of the area, including, of course, tourism operators, are in favour of keeping the windtowers away from the Park. The great majority have no idea about what is going on. So why is this happening, you may ask? The old, sad reason: politics. By not interdicting them, the windfarms will be possible under certain conditions, which are neither clear or objective, meaning it will always be possible to use them to get political favour.

The windfarm interdiction is part of the regulation of the Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho, currently under public discussion. I am filling in my participation form (ficha de participação), available here, where I am declaring my support to the proposed regulation, that windfarms, together with other large infrastructures that represent landscape spoilers, should not be allowed inside the Park. I invite all of you who believe in this, to do the same. The form is in Portuguese, but you can fill it in in your own language, sign it and mail it to: Parque Natural de Montesinho, Bairro Rubacar, R. Cónego Albano Falcão, lote 27, 5300-044 Bragança, Portugal. But we need to hurry, the deadline to submit our opinions is the 17th of October.