As ginjas são provavelmente um dos meus frutos favoritos. São saborosas, doces q.b. e com aquele sabor especial das coisas que se vão tornando raras. Talvez por serem difíceis de conservar depois de colhidas, praticamente não se conseguem encontrar à venda. Felizmente, por baixo da nossa horta crescem várias ginjeiras de forma mais ou menos selvagem. Assim, todos os anos nos deliciamos a comê-las cruas, directamente da árvore, e apanhamos algumas para fazer ginjinha e também doce.
Aqui ficam as receitas.
Ginjinha: pegar nalgumas mãos cheias de ginjas, lavá-las e tirar-lhes os pés (mas não o caroço). Colocá-las em garrafas até cerca de 1/3 da capacidade e cobri-las com açúcar branco. Deixar assim durante umas duas ou três horas e depois encher as garrafas com uma aguardente de boa qualidade (nós usamos caseira, oferecida por vizinhos simpáticos). Pode juntar-se dois cravinhos-da-índia e/ou um pau de canela, se se gostar de um sabor mais exótico. Colocam-se as garrafas num local escuro e vão-se rodando suavemente de vez em quando (sem agitar demasiado), até o açúcar ficar completamente dissolvido (isto demora normalmente dois ou três dias). Fica perfeita ao fim de 6 meses, mas pode ser bebida mais cedo, se a paciência não for o vosso forte.
Doce de ginja: Colocar numa panela 1kg de açúcar branco e 1 kg de ginjas sem pé nem caroço. Se gostarem, podem juntar o sumo de 1 limão (eu não ponho). Levar ao lume até ferver e depois baixar o lume e deixar espessar até atingir o ponto de estrada (para verificar se já atingiu o ponto, deitar um pouco da calda num prato e passar o dedo pelo meio abrindo uma "estrada" no doce. Se a estrada se mantiver aberta, já está. Se fechar, é sinal que ainda precisa de mais tempo ao lume). Este doce é excelente comido numa torrada, sobre um gelado de baunilha ou nata (que é como eu tenho comido o meu ultimamente) ou como recheio de uma "jalousie" ou pequenos pasteis de massa folhada.
Here's how.
Ginginha: pick a few handfuls of sour cherries, wash them, remove the stems (but leave them unpitted) and insert them into bottles (the bottles should become 1/3 full, more or less). Cover the cherries with white sugar and let them settle for a couple of hours. Then, fill up the bottles with a good quality aguardente (we use home-made, offered by nice neighbours, but good quality ones can be found in supermarkets too). You can add 2 cloves and/or a cinnamon stick if you like, or just leave it plain and simple. Let it infuse in a dark place, stirring it very gently once in a while (don't shake it) until the sugar completely dissolves (this should take two or three days). It is good and ready after about 6 months but can be tasted earlier, if you become too impacient. Serve in small glasses either as an aperitif or at the end of the meal.
Sour Cherry Jam: Pour 1 kg of white sugar and 1 kg of pitted and stemless sour cherries on a saucepan. You can add the juice of one lemon if you like. Bring to a rolling boil and then simmer until thickened, stirring occasionally and skimming any foam from the top. Divide into clean jars and immediately cover with lids. Label and store in a cool place (no need to freeze if thick enough and jars were clean and immediately closed after filled up). This jam is delicious on a toast, used as a topping for ice-cream (which is how I've been eating mine lately) or as a filling for quick puff-pastry pies.
Tens de experimentar o gelado de ginja, aromatizado com um pouco de ginjinha. Uma delícia.
ReplyDeleteNo doce, este ano coloquei o sumo de uma lima. Ficou excelente.
Para mim, o alcóol liga bem é com chocolate. Bombons de ginja, por exemplo...
ReplyDeleteTem tudo um aspeto delicioso. Também experimentei fazer uma espécie de ginga, mas coloquei-a primeiro no álcool e depois vou fazer uma calda com açúcar amarelo e água. Vamos ver no que dá. Mas sou capaz de experimentar a tua receita também e brevemente ;)
ReplyDeleteDepois gostava de saber como ficou... - sempre que posso, prefiro usar açúcar amarelo em vez do refinado.
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